“Eles tiveram uma reunião esta manhã”, disse Trump a jornalistas, recusando-se a informar a quem ele estava se referindo. “Não importa quem seja ‘eles’. Podemos revelar isso mais tarde, mas eles tiveram reuniões esta manhã, e nós temos nos reunido com a China.” A China afirmou nesta quinta que não havia realizado negociações comerciais com Washington, apesar dos comentários repetidos do governo dos EUA sugerindo que houve tratativas. “A China e os EUA não realizaram consultas ou negociações sobre tarifas, muito menos chegaram a um acordo”, disse a jornalistas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun. Para ele, o relatos sobre essas informações são “notícias falsas”. As declarações contraditórias de Washington e Pequim destacam a comunicação tensa e a incerteza que definem a atual guerra comercial. O cenário acrescenta volatilidade aos mercados globais e prolonga a dor econômica em ambos os lados. Empresas norte-americanas enfrentam custos elevados de importação, enquanto exportadores chineses estão sendo pressionados pela queda da demanda dos EUA. Trump afirma que tarifas sobre produtos da China vão diminuir substancialmente Queda nas tensões? Trump e o secretário do Tesouro, Scott Bessent, indicaram nesta semana que pode haver uma diminuição nas tensões com a China. Na quarta-feira (23), Bessent disse que as tarifas excessivamente altas entre os EUA e a China precisarão ser reduzidas antes que as negociações comerciais possam prosseguir. Ele também destacou que essa redução nas taxas seria necessária para que as duas maiores economias do mundo reequilibrassem seu relacionamento comercial. A Casa Branca impôs no início deste mês tarifas de 145% sobre produtos chineses, o que levou Pequim a responder com tarifas próprias e a aumentar as restrições sobre exportações de minerais críticos para os Estados Unidos. Entenda a escalada da guerra tarifária Desde então, segundo a Casa Branca, mais de 75 países já procuraram os EUA para discutir novos acordos comerciais e reduzir as tarifas. A exceção foi a China, que não procurou os EUA para negociar e retaliou o país, aumentando também as alíquotas das tarifas cobradas sobre as importações americanas. O principal foco, então, ficou na guerra comercial entre os dois países. Como resposta ao “tarifaço”, os chineses retaliaram os norte-americanos com taxas extras de 34% (da mesma magnitude) sobre os produtos importados do país. A partir daí, houve uma escalada nas alíquotas. No dia 11 de abril, o governo Trump também isentou smartphones, laptops e outros eletrônicos do leque das tarifas recíprocas, conforme divulgação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. Com a decisão, esses produtos ficaram de fora das tarifas de até 245% impostas à China — principal polo de produção de eletrônicos como o iPhone — e da alíquota de 10% aplicada à maioria dos outros países. * Com informações da agência Reuters.
Trump refuta declaração da China e diz que negociações comerciais estão em andamento
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