O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reuniu-se nesta quinta-feira (7) com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar. A reunião ocorreu na sede do ministério chefiado por Alckmin, em Brasília. O tema da conversa, no entanto, não foi divulgado pela embaixada norte-americana. De acordo com a assessoria de Alckmin, os dois trataram da relação Brasil-EUA. Escobar é, atualmente, o principal representante do governo estadunidense no Brasil enquanto um embaixador não é formalmente designado pelo presidente Donald Trump. Os EUA cobram uma sobretaxa de 50% para entrada de produtos brasileiros no país, a mais alta cobrada pelo governo norte-americano. Cerca de 35,9% das exportações brasileiras aos EUA serão afetadas, segundo estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). 📄A medida prevê uma longa lista de exceções como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos. A carne e o café, contudo, estão entre os produtos afetados. Além de Alckmin, Escobar se encontrou nesta quinta com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Nelsinho Trad (PSD-MS). Lula diz que quer diálogo, mas não vai se ‘humilhar’ Lula diz que não vai se humilhar ligando para Trump e debaterá tarifaço com os Brics O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem dito que o Brasil está à disposição para negociar revisões do tarifaço de Trump, mas que não vai se humilhar diante do presidente norte-americano. Lula também já afirmou que não vai retaliar os Estados Unidos aplicando tarifas adicionais sobre produtos importados pelo Brasil, porque não quer ter o “mesmo comportamento” do Republicano. Variados setores da economia brasileira que têm negócios com os Estados Unidos temem os impactos da sobretaxa e pressionam o governo por medidas de amenização. Nesse sentido, o governo desenha um plano de contingência, mas ainda não foi divulgada uma data de apresentação das medidas. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, durante cerimônia de assinatura de medida provisória que concede isenção da taxa de serviço metrológico para verificação de taxímetros. — Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo