O vão entre o trem e a porta da plataforma das estações da Linha 5-Lilás, administradas pela concessionária ViaMobilidade, não possuem sensores de presença que evitem um acidente como o do homem que morreu esmagado na manhã desta terça-feira (6) na Estação Campo Limpo.
A tecnologia é capaz de perceber se há a presença de uma pessoa ou objeto no espaço e pode impedir que o trem continue a viagem.
Em entrevista à TV Band, o presidente da ViaMobilidade, Francisco Pierrini, afirmou que os trens possuem apenas sinais sonoros e visuais para que os passageiros saibam que a porta será fechada.
“Nós queremos, até fevereiro de 2026, instalar sensores de presença nos espaços entre a porta do trem e a porta da plataforma. Com isso, qualquer objeto, pessoa ou coisa que esteja ali será detectado e a porta não fechará”, afirmou.
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Na mesma entrevista, Pierrini afirmou que, enquanto os sensores não são instalados, uma espécie de barreira física, como hastes de metal, será colocada em todas as plataformas. Segundo ele, a medida teria evitado a morte do homem que foi esmagado.
A CNN questionou a ViaMobilidade sobre o motivo de as linhas não terem esse sensor e pediu uma confirmação da previsão de instalação, mas não houve retorno.
Linhas operadas pelo Metrô possuem tecnologia anti-acidente
Ao contrário das linhas operadas pela empresa privada ViaMobilidade, no Metrô, que é operado pelo governo de São Paulo, todas as portas de plataforma contam com dispositivos para evitar o fechamento da porta quando há pessoas ou objetos entre as fachadas e o trem.
“Como medida adicional de segurança, o Metrô tem intensificado as orientações aos passageiros e instalou anteparos nesses equipamentos para evitar que o passageiro se coloque entre a porta de plataforma e a porta do trem”, diz o Metrô em nota.
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Relembre o caso do homem esmagado
Um passageiro morreu esmagado na manhã desta terça-feira (6), após ficar preso entre a porta do trem e a porta de segurança da plataforma da estação Campo Limpo, na Linha 5-Lilás do Metrô, localizada na zona sul de São Paulo.
De acordo com informações da Polícia Civil, a vítima foi encontrada caída junto aos trilhos com ferimento na cabeça e sem sinais vitais.
O arquiteto Ygor Miranda de Sousa, que estava na estação no momento do acidente, relatou à CNN que a plataforma estava lotada. “Tinha gente tentando entrar, e acabou ficando uma pessoa presa na porta, e aquela porta de segurança acabou fechando, aí o trem foi. Começou a andar, a gente só ouviu o barulho do corpo batendo no vidro e voltando. E a pessoa acabou sendo esmagada”, contou.
Em nota oficial, a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação da Linha 5-Lilás, expressou profundo pesar pela fatalidade.
A empresa informou que, neste momento, seus esforços estão concentrados na identificação do passageiro, que não portava documentos, e na localização de seus familiares para oferecer o suporte necessário.
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A ViaMobilidade também declarou que está colaborando integralmente com as autoridades competentes para a investigação do ocorrido e que está apurando internamente as circunstâncias do acidente.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia do Metropolitano (Delpom), que requisitou perícia.
Veja a nota da Via Mobilidade na íntegra:
“A ViaMobilidade lamenta profundamente a morte de um passageiro após um acidente ocorrido por volta das 8h desta terça-feira (6) na Estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás. Mesmo após todos os avisos visuais e sonoros, ele tentou entrar no vagão e acabou ficando retido no espaço entre as portas do trem e da plataforma.
Diante deste triste episódio, a concessionária reitera a importância de respeitar os alertas de fechamento de portas para evitar riscos de acidentes graves. A empresa, que já realiza regularmente diversas campanhas sobre embarque seguro, vai intensificar os avisos sonoros e a comunicação visual nos trens e estações com essas recomendações de segurança.
Com a confirmação da identidade da vítima, a companhia está em contato com os familiares para prestar o suporte necessário.”
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo
Este conteúdo foi originalmente publicado em Vão entre trem e plataforma da ViaMobilidade não tem sensor anti-acidente no site CNN Brasil.
