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“Vírus do orçamento” se espalha no Whatsapp e rouba senhas de vítimas

por Guilherme Bernardo
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A Brigada Militar do Rio Grande do Sul emitiu um alerta à população sobre um novo golpe digital que tem se espalhado rapidamente por redes sociais e aplicativos de mensagens. O aviso foi feito após o aumento de casos envolvendo o chamado “vírus do orçamento”, um malware que tem como alvo o roubo de dados pessoais e bancários de usuários, principalmente por meio do WhatsApp Web. De acordo com a corporação, criminosos estão utilizando links e arquivos falsos para disseminar o vírus, que se instala no dispositivo e permite acesso remoto às informações do usuário. O golpe começa quando a vítima recebe um arquivo compactado, geralmente com nomes falsos como “ORCAMENTO.zip” ou “COMPROVANTE.zip”, enviado por um contato que já foi infectado. Ao abrir o arquivo, o programa malicioso é executado, contaminando o computador e possibilitando que os golpistas acessem senhas, dados bancários e históricos de navegação. A disseminação do vírus ocorre automaticamente: o malware usa a sessão ativa do WhatsApp Web para enviar o mesmo arquivo a todos os contatos da vítima, o que amplia rapidamente o número de pessoas atingidas. “A recomendação é simples: não abra links nem arquivos desconhecidos, mesmo que enviados por amigos ou familiares”, reforçou a Brigada Militar em comunicado. Entre os principais sintomas de infecção, os especialistas apontam mensagens automáticas enviadas pelo WhatsApp Web, lentidão repentina no computador, travamentos, além de pop-ups pedindo senhas ou atualizações suspeitas. Em alguns casos, antivírus também podem emitir alertas sobre arquivos contaminados. A empresa de cibersegurança Kaspersky identificou o vírus como Maverick e afirmou que o Brasil é o principal alvo da campanha. Segundo a empresa, os hackers aproveitam momentos de maior atividade online para lançar ataques em massa, o que reflete a sofisticação crescente das quadrilhas digitais. O país está entre os mais visados por criminosos virtuais na América Latina, de acordo com o relatório mais recente da companhia. A Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, orienta os usuários a não abrir anexos inesperados, mesmo que pareçam confiáveis. A recomendação é confirmar a origem do arquivo por outro meio, como uma ligação telefônica, antes de baixá-lo. Para reduzir os riscos, especialistas sugerem algumas medidas básicas de proteção: Ativar a autenticação em duas etapas no WhatsApp e nas contas de e-mail;Usar senhas diferentes para cada serviço online;Manter o antivírus atualizado em todos os dispositivos;Fazer backups regulares de arquivos importantes em unidades externas.A Brigada Militar destacou ainda que, apesar da atuação das autoridades, a atenção e o cuidado dos usuários são as melhores formas de prevenção. A corporação recomenda que casos suspeitos sejam comunicados à polícia e que o alerta seja compartilhado com familiares e amigos para evitar novas vítimas. Com o avanço das fraudes digitais, as forças de segurança reforçam que golpes como o “vírus do orçamento” têm se tornado mais frequentes e sofisticados, explorando a confiança entre contatos para se espalhar. O alerta é claro: a prudência digital é hoje uma das principais formas de autoproteção no ambiente online. Leia Também: Amazon vai usar IA para recomendar produtos para compra

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