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Caso Gritzbach: munição usada na execução é a mesma de assalto em Botucatu

por RIGUE
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Um dos lotes de munições utilizadas na execução do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinícius Gritzbach – no dia 8 de novembro de 2024 – é o mesmo de projéteis utilizados no grande assalto de Botucatu, em julho de 2020. O levantamento foi feito pelo Instituto Sou da Paz com base no laudo balístico desenvolvido pela Perícia Criminal realizada no local do assassinato de Gritzbach.

Para a diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, mesmo com diferença de mais de quatro anos entre os crimes, a presença do mesmo lote – em casos de cidades diferentes – demonstra que a corrupção policial acontece há muito tempo em território paulista.

“No caso de Botucatu, outras munições de outros lotes, de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Exército, também foram encontrados, então mostra que outras forças de segurança também têm essa falha no controle de munições e esse desvio. Então, é algo que pode se dizer que é quase generalizado”, afirma Carolina.

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A força-tarefa que investiga o caso do dia 8 de novembro de 2024 tem dado uma resposta dura aos policiais que são suspeitos de envolvimento com o PCC. Até aqui, 26 pessoas que estariam envolvidas no crime já foram presas, sendo 17 policiais militares.

Relembre

O mega-assalto em Botucatu aconteceu no mês de julho de 2020 e durou mais de três horas. Cerca de 40 homens participaram da ação criminosa. Os criminosos fizeram moradores reféns e roubaram uma joalheria, deixando dois policiais militares feridos. Quatro homens foram condenados a mais de 50 anos de prisão pela justiça.

Já a execução de Antônio Vinícius Gritzbach aconteceu no dia 8 de novembro, na área externa do desembarque Oeste do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ele voltava do nordeste ao lado da namorada e de policiais que faziam a sua segurança particular, quando foi executado com tiros de fuzil. O caso evidenciou uma série de casos de corrupção policial.

O que diz a SSP

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública garantiu que “mantêm rígidas normas e sistemas de controle e distribuição de munições”. Confira, na íntegra, a nota emitida pela pasta:

“As polícias de São Paulo mantêm rígidas normas e sistemas de controle e distribuição de munições. Toda suspeita de extravio é rigorosamente investigada e, comprovada irregularidades, as medidas disciplinares e judiciais adotadas. O caso de Botucatu foi investigado pela DIG local e relatado em novembro de 2020, com a prisão e condenação de mais de 20 criminosos, que utilizaram munições desviadas de diferentes instituições de segurança. Em relação ao homicídio ocorrido no Aeroporto de Guarulhos, as investigações seguem em andamento sob sigilo. Até o momento, 26 suspeitos já foram presos e mais detalhes serão preservados para não prejudicar o andamento dos trabalhos.”

Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Gritzbach: munição usada na execução é a mesma de assalto em Botucatu no site CNN Brasil.

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