Home » Dólar cai e fecha a R$ 5,48, de olho em dados econômicos no Brasil e nos EUA; Ibovespa recua

Dólar cai e fecha a R$ 5,48, de olho em dados econômicos no Brasil e nos EUA; Ibovespa recua

por Redação
0 comentário
dolar-cai-e-fecha-a-r$-5,48,-de-olho-em-dados-economicos-no-brasil-e-nos-eua;-ibovespa-recua

▶️Com uma agenda recheada nesta sexta-feira, investidores acompanharam a divulgação de vários indicadores econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o destaque ficou com o IGP-M e os novos dados de desemprego da Pnad Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no exterior, a atenção fica com o núcleo do índice de preços norte-americano PCE, considerado referência para o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). ▶️ Além disso, o mercado ainda repercutiu a decisão do Congresso de derrubar o projeto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Como mostrou o g1, a redução da arrecadação e a resistência do Congresso devem levar a novos cortes no Orçamento, e investidores aguardam qual será o posicionamento do governo para a situação. Veja abaixo como esses fatores impactam o mercado. 💲Dólar Acumulado da semana: -0,75%;Acumulado do mês: -4,10%; Acumulado do ano: -11,27%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: 0,18%;Acumulado do mês: -0,12% Acumulado do ano: +13,79%. Agenda econômica recheada Com uma agenda econômica recheada nesta sexta-feira, investidores repercutiram uma série de dados econômicos no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o destaque ficou com a taxa de desemprego de maio, que recuou para 6,2% e atingiu 6,8 milhões de pessoas no período. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o analista da pesquisa do IBGE, William Kratochwill, o resultado da Pnad indica que o mercado de trabalho está no melhor patamar dos últimos dez anos. A pesquisa também mostrou que o contingente de pessoas com carteira assinada no setor privado atingiu um novo recorde no trimestre encerrado em maio, com um total de 39,8 milhões de pessoas. Outro destaque ficou com o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que recuou mais do que o esperado em junho, a 1,67%, depois de ter registrado queda de 0,49% no mês anterior. Os dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Serviços no Brasil, também divulgada pela instituição, também registrou queda neste mês, diante da deterioração das perspectivas tanto sobre a situação atual quanto futura. Já nos EUA, as atenções ficaram voltadas para o índice de preços PCE, que registrou uma alta de 0,1% em maio, mesma taxa de abril. No acumulado em 12 meses, a inflação medida pelo PCE foi de 2,3%, ante 2,2% em abril. Os dados são do Departamento de Comércio norte-americano. O órgão também indicou que os gastos dos consumidores do país tiveram uma queda inesperada em maio, uma vez que diminuiu o impulso de compra preventiva de bens, como veículos automotores, antes da imposição de tarifas. Nesse caso, o recuo foi de 0,1%, após ganho revisado de 0,2% em abril. O resultado animou os mercados, uma vez que reforça a perspectiva de que o Fed deve cortar os juros em breve. Nesta sexta-feira, o presidente da distrital de Minneapolis do BC norte-americano, Neel Kashkari, reforçou que o arrefecimento da inflação deve permitir que a instituição corte os juros duas vezes neste ano. O dado foi bem recebido pelo mercado e tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq atingiram máximas recordes logo após a divulgação. De olho no IOF O Congresso Nacional derrubou o decreto presidencial que alterava as regras e aumentava a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Desde o início, a proposta enfrentou forte resistência no Legislativo. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), incluiu o projeto na pauta da noite de terça-feira (24) e acelerou sua tramitação. O texto foi aprovado por 383 votos a 98 e, poucas horas depois, confirmado pelo Senado. De acordo com o blog do Camarotti, integrantes do Palácio do Planalto avaliam que a derrota no Congresso foi resultado de uma articulação inédita entre Hugo Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). A avaliação no governo é que essa união fortalece o Legislativo tanto nas negociações com o Planalto quanto diante do Supremo Tribunal Federal. Motta e Alcolumbre, inclusive, planejam comparecer juntos a uma audiência para tratar da liberação de emendas parlamentares. O que disse Haddad Não vejo omissão do presidente Lula, diz Haddad Nesta tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Lula acionou a AGU para analisar se a decisão da Câmara dos Deputados de derrubar o aumento do IOF fere ou não a autonomia entre os poderes. “Em relação ao decisão do presidente, ele pediu à AGU, perguntou à AGU se o decreto legislativo usurpa uma prerrogativa do Executivo. Se a resposta for positiva, ele deve recorrer (à Justiça)”, disse, em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews. Segundo Haddad, caso a AGU aponte que há usurpação, Lula terá que acionar a Justiça porque “ele jurou cumprir a Constituição Federal” e não pode “abrir mão” de decisões que são do Executivo. O ministro afirma que não vê omissão por parte do presidente Lula na questão do IOF. Segundo o ministro, o percentual anterior era superior a 6% até o fim de 2022 e não foi alvo de questionamentos. “Tem operações de crédito que eram maquiadas para driblar o imposto. Nós fechamos essa brecha”, declarou. Guerra comercial e pressão no Fed Com a situação no Oriente Médio mais estável, o foco agora se volta para a guerra comercial provocada por Donald Trump. A suspensão de 90 dias do tarifaço está prestes a expirar, e os investidores aguardam possíveis novos acordos por parte dos EUA. 🔎 O mercado avalia que o aumento das tarifas sobre importações pode encarecer os preços ao consumidor e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. Isso pode resultar em uma desaceleração da economia dos EUA e até uma recessão global. Diante desse cenário, as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, continuam no centro das atenções. Na terça-feira, ele reiterou que aguardará novos estudos sobre os possíveis impactos do tarifaço de Trump na inflação dos EUA antes de decidir sobre os rumos da taxa de juros. “Os aumentos de tarifas neste ano provavelmente elevarão os preços e pesarão sobre a atividade econômica”, afirmou Powell durante depoimento perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA. Nesta quarta-feira, ele reiterou o discurso ao Senado norte-americano. A postura de Powell tem gerado duras críticas do presidente Donald Trump. Na terça-feira, ele o chamou de “burro” e “teimoso” em publicações nas redes sociais. Nesta quarta-feira, a tensão aumentou. Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, Trump tem cogitado substituir o comando do Fed antes do fim do mandato de Powell. A possibilidade tem gerado preocupação entre investidores quanto à preservação da autonomia do BC americano. Dólar atinge a segunda maior cotação da história: R$ 5,86 — Foto: Reprodução/TV Globo *Com informações da agência de notícias Reuters.

você pode gostar