Conforme a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais, 1.843 novas empresas foram registradas até maio em 30 cidades. A maioria delas foi em Uberlândia. Restaurantes estão entre os tipos de empresas mais abertas em Minas Gerais
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O número de empresas abertas em Minas Gerais nos primeiros cinco meses deste ano chega a quase 20 mil. De acordo com o levantamento da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), o maior crescimento do Estado em relação a novos empreendimentos ocorreu no Triângulo Mineiro.
Conforme a pesquisa, 1.843 novas empresas foram registradas até maio em 30 cidades da região denominada pelo governo, como Triângulo Norte. As cidades que compõem o Triângulo Norte e que juntas registraram o maior crescimento em relação a novos empreendedores em Minas Gerais são: Araguari, Cascalho Rico, Indianópolis, Tupaciguara, Araporã, Monte Alegre de Minas, Prata, Nova Ponte, Patrocínio, Monte Carmelo, Coromandel, Abadia dos Dourados, Douradoquara, Grupiara, Estrela do Sul, Romaria, Iraí de Minas, Ituiutaba, Campina Verde, Santa Vitória, Gurinhatã, Ipiaçu, Capinópolis, Cachoeira Dourada, Canápolis, Cruzeiro da Fortaleza, Centralina, Serra do Salitre e Uberlândia.
Loja de roupas também é aposta para quem deseja abrir uma nova empresa
Icaro Pimenta/ VMX Importados
A região registrou 35% a mais em número de abertura de empresas que o mesmo período do ano passado. A maioria delas foi criada na maior cidade do Triângulo, Uberlândia. Veja abaixo os municípios que mais receberam empresas até junho de 2018 na região:
Novas empresas no Triângulo Mineiro
Segundo o levantamento da Jucemg, existem 710.183 empresas ativas distribuídas entre comércio (303.383), indústria (76.636) e serviços (330.164) nos 17 territórios de desenvolvimento de Minas Gerais. No panorama dos principais segmentos abertos no Estado, os destaques foram para o comércio, por meio de restaurantes e lojas de vestuário.
MEIs
De acordo com o Portal do Empreendedor, Minas Gerais tem 811.107 microempreendedores individuais (MEIs). O MEI foi criado em 2009 pelo Governo Federal e tem o registro simplificado para legalizar autônomos. Para se um MEI o empreendedor pode faturar até R$ 81.000,00 ao ano. Caso ultrapasse esse valor, passará à condição de microempresa.
Empreendedor precisa realizar plano de negócio anrtes de abrir uma empresa
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Quero abrir uma empresa, e agora ?
Para quem interesse em abrir uma empresa o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) orienta que é preciso elaborar um plano de negócio, ter um público-alvo e estratégias de marketing e de divulgação bem definidas. Além disso, é necessário, ainda, formalizar o negócio.
Confira dicas do Sebrae para quem tem interesse de ter seu próprio negócio:
1) Estabeleça o foco do negócio e o público-alvo
O empreendedor precisa definir o que vai vender ou oferecer, para quem e para suprir qual necessidade. Nessa etapa, é interessante fazer uma pesquisa de mercado e fazer um estudo da concorrência e dos valores.
2) Elabore um plano de negócio
Antes de começar um negócio é necessário também fazer um planejamento, para só depois colocar a ideia em prática. Ainda de acordo com o Sebrae, ao elaborar um plano de negócio, o empreendedor minimiza riscos de quem quer montar o comércio eletrônico.
Nessa fase, é necessário colocar no papel as ideias elaboradas na etapa anterior, além de dados financeiros e forma como chegará aos resultados. Este processo é necessário levantar informações sobre o mercado, público-alvo, a disponibilidade financeira, o quanto vai gastar para abrir o negócio.
O Sebrae disponibiliza dicas de como montar um plano de negócio.
3) Abra a empresa
Para quem está começando e fatura até R$ 81 mil ao ano, os especialistas indicam o registro como Microempreendedor Individual (MEI). Nesse caso, é possível fazer o cadastro pela internet, na página do programa, que é www.portaldoempreendedor.gov.br.
O MEI é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).
Para quem fatura acima de R$ 81 mil ao ano, o passo a passo da abertura é o mesmo de uma empresa tradicional e inclui registro na Junta Comercial, na Receita Federal (para ter o CNPJ), na prefeitura e na Secretaria Estadual da Fazenda, de acordo com o Sebrae.
Ao criar uma marca, os especialistas recomendam, também, o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), para que ela não seja utilizada ou copiada. É necessário checar antes se a marca escolhida já não é usada por outra empresa.
4) Invista em marketing e divulgação
De acordo com o especialistas do Sebrae, o investimento precisa ser feito de acordo com o público-alvo. Depois do investimento, é necessário acompanhar o resultado e conforme o negócio for crescendo, o empreendedor terá, ainda, que investir em uma estratégia para crescimento orgânico, sem precisar gastar tanto dinheiro para atrair visitantes.